Saúde 02/09/2025

Pesquisa revela percepção crescente dos brasileiros sobre fraudes contra planos de saúde

Levantamento nacional encomendado pela FenaSaúde mostra que 55% da população acredita que práticas irregulares impactam diretamente no valor das mensalidades

Quase metade da população brasileira (48%) percebe um aumento nas fraudes praticadas contra planos de saúde nos últimos anos, de acordo com pesquisa realizada pelo IPESPE Saúde, encomendada pela FenaSaúde. A sondagem ouviu 2 mil brasileiros de todas as regiões do país.

O levantamento mostra que 55% dos entrevistados acreditam que as fraudes são um dos principais fatores que contribuem para o aumento das mensalidades dos planos, ao lado do envelhecimento da população (52%). Essa percepção reforça o entendimento de que condutas irregulares impactam não apenas financeiramente as operadoras, mas também penalizam os beneficiários de planos de saúde.

As fraudes mais reconhecidas pela população são a emissão de recibos de atendimentos não realizados (38%), a emissão de nota para alguém que não recebeu atendimento médico (34%) e o empréstimo da carteirinha do plano (30%). Apesar disso, apenas 21% afirmam ter recebido material de comunicação alertando sobre práticas fraudulentas.

As campanhas de conscientização têm grande potencial de impacto: entre os que foram expostos a esse tipo de comunicação, 86% consideraram o conteúdo importante ou muito importante. A campanha “Saúde sem Fraude”, promovida pela FenaSaúde, teve avaliação positiva de 86% entre o público impactado.

A pesquisa também revelou apoio majoritário da população a medidas de enfrentamento ao problema: 70% concordam totalmente com a necessidade de investir em campanhas educativas contra fraudes, e 67% apoiam o reforço da fiscalização para prevenir e coibir práticas indevidas no setor.

“Fraudes são uma afronta aos beneficiários que, apesar de usarem de maneira consciente o plano de saúde, acabam prejudicados por reajustes decorrentes dos impactos financeiros desde ciclo, que lesa a todos. É fundamental que sociedade, operadoras e autoridades unam esforços para o combate dessas práticas e para a preservação dos recursos destinados ao atendimento de quem realmente precisa”, afirma Bruno Sobral, diretor-executivo da FenaSaúde.

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